" A grande Cumeeira ( Taiji) nasce do Sem Cumeeira (Wuiji)
é a mãe do Yin e do Yang. No movimento, Yin e Yang se separam; no repouso, se unem. Não vamos longe demais nem demasiado perto. Dobremo-nos quando o (adversário) se estender, e vice e versa.
'Retirar-se' é ser flexível quando o adversário alardeia dureza.
'Aderir' é ter uma posição favorável em detrimento do adversário. Se este se move lentamente, deve-se imitá-lo. Posto que haja milhares de situações diferentes, o príncipio é sempre o mesmo. Graças à prática, adquirimos uma compreensão progressiva do que é energia, compreensão que nos permite chegar ao ponto que a energia espiritual se torna luminosa. Mas é difícil chegar a uma compreensão perfeita sem esforço prolongados. Sejamos vazios e ágeis e mantenhamos a energia no sincipúcio; concetremos o sopro no campo de cinábrio. Não nos inclinemos para um lado nem para o outro; ora dissimulemos (a nossa energia), ora a manifestemos. Se (o adversário) atacar à esquerda, esvaziemos a nossa esquerda, se ele atacar pela direita, esquivemo-nos para a direita. Quando o ataque for para o alto, vamos ainda mais alto do que ele; quando ele atacar para baixo, desçamos ainda mais baixo. Quando ele atacar pela frente, a distância entre nós deverá diminuir. ( o corpo há de ser tão sensível) que não possamos acrescentar-lhe uma pluma e que uma mosca não possa pousar nele. O adversário não me conhece, mas eu o conheço. É sempre por essa qualidade que o herói não tem rival.
Existem muitas artes de combate que, apesar da divergências na forma dos movimentos, têm por príncipio comum superar a fraqueza e a lentidão pela força muscular e pela rapidez. Que o forte sobrepuje o fraco e o rápido se avantaje ao lento não é senão o resultado da capacidades naturais inatas ( do céu anterior) e não de um estudo profundo e sustentado. O adágio 'quatro onças prevalecem sobre mil libras' mostra que podemos vencer sem a força muscular. Quando vemos velhos resistirem a numerosos atacantes, não podemos dizer que o fazem graças à sua rapidez!
Em pé, imóveis sejamos equilibrados como os pratos de uma balança; no movimento, semelhemos uma roda. Se o peso do corpo pender mais para um lado, nossos movimentos serão fáceis: se ele estiver distribuído igualmente pelas duas pernas, estaremos 'sem jeito'. Algumas pessoas, mesmo após vários anos de prática, não conseguem transformar ( o ataque) e ficam sob o controle do adversário; isso ocorre porque ainda não compreenderam o erro que cometem ao distribuir igualmente o peso do corpo em ambas as pernas. Para evitar esse erro, temos de conhecer (a teoria) do Yin e do Yang. 'Aderir' é retirar-se, retirar-se é aderir. O yang é inseparável do Yin, assim como Yin é inseparável do Yang; quando o Yin e o Yang se completam mutuamente, podemos compreender o que é a energia. Depois de havê-lo compreendido, quanto mais nos exercitamos mais adquirimos habilidadem, conhecemos por nós mesmos e estimamos (nossos progressos), e chegamos a conseguir que o corpo, aos poucos, siga inteiramente os desejos do espírito. A ideia fundamental é que devemos esquecer-nos de nós mesmos e acompanhar o adversário. Muitos interpretaram mal esse príncipio, acreditando ser preciso esquecer o que está próximo e procurar o que está longe; ou em outras palavras: o menor passo em falso equivale a um afastamento de mil li.
Reflitam nisso os adptos. Fim do tratado.